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Aplicações da Inteligência Artificial na Medicina

Inovação aberta para geração de negócios com startups da saúde, ciências da vida e inteligência artificial

Aplicações da Inteligência Artificial na Medicina

Parece um filme de ficção científica. Mas não é. A inteligência artificial (IA) veio para ficar. Mas o que é Inteligência artificial? Ela é baseada na capacidade dos computadores aprenderem. Esse aprendizado é chamado machine learning. O desenvolvimento de algoritmos capazes de aprender, se comunicar e simular aspectos da mente humana se intensificou nos últimos anos e tem gerado inúmeras aplicações práticas, incluindo soluções inovadoras e promissoras na indústria de aplicação de Inteligência Artificial na Medicina.

Embora ainda estejamos nos primórdios dessa nova era, a IA já está ajudando a salvar vidas em todo o mundo. Para ilustrar essa realidade, vamos citar algumas aplicações da inteligência artificial que podem facilitar o trabalho dos profissionais da saúde e melhorar a qualidade de vida de todos nós.

Na prevenção

Hoje já existem programas virtuais capazes de desenvolver e orientar treinamentos aeróbicos totalmente personalizados, utilizando vídeos criados por instrutores e ferramentas motivacionais para criar uma rotina de treinos eficiente e estimulante.

Com base na capacidade física e nos objetivos de cada pessoa, o programa vai aprendendo e aperfeiçoando suas orientações à medida da evolução de cada um. A interface para gerenciar os treinamentos é fácil de usar e funciona em um tablet.

A plataforma Max Intelligence  é um exemplo de sistema de treinamento físico baseado em inteligência artificial.

Em exames

Um exemplo é um programa criado pela empresa Healthy.io que permite que pacientes possam fazer seu exame de urina no conforto de suas casas. Aprovado recentemente pela agência norte-americana de fármacos FDA, o produto é um é um kit que coleta e analisa amostras com ajuda de machine learning e visão computacional.

O paciente abre o app e, com a ajuda de um assistente virtual (chatbot), segue o passo a passo. Com ajuda da câmera do celular, em instantes o app processa as informações visuais contidas na tira, entrega os resultados mais prováveis e dá conselhos, incluindo a recomendação de uma consulta médica, se for o caso.

Outro exemplo, é a avaliação da doença de Alzheimer através de exames de ressonância magnética. O programa que usa IA, avalia a probabilidade de um paciente ter ou não a doença de Alzheimer com mais de 90% de acurácia.

Inteligência Artificial na medicina diagnóstica

Outra área onde a Inteligência Artificial está presente é a Telemedicina. Um exemplo foi desenvolvido com o software TensorFlow, do Google, para emissão de laudos. Seu sistema ajuda médicos em todo o Brasil a obter diagnósticos mais assertivos, pois compara analiticamente exames presenciais a casos similares de uma base de dados com 30 milhões de imagens e exames. A plataforma usa Deep Learning, um método em que algoritmos complexos imitam a rede neural do nosso cérebro, conferindo ao sistema uma capacidade de detectar achados médicos em nível sobre-humano.

Em cirurgias

Robôs estão presentes em salas de cirurgia há décadas e já se mostraram eficazes na tarefa de tornar procedimentos menos invasivos. Robôs inteligentes capazes de analisar avaliações pré-operatórias para orientar os movimentos do médico durante a cirurgia – o que pode diminuir em até 20% no tempo de internação de um paciente.

Uma das maiores ambições deste setor, porém, é criar robôs autônomos, aptos a conduzir cirurgias sem a necessidade de comandos pré-definidos e com a capacidade de usar dados de operações passadas para aprimorar suas técnicas. Nessa corrida tecnológica, o Google e a Johnson & Johnson largaram na frente com a co-fundação da start-up Verb Surgical, um projeto que desenvolve ferramentas de machine learning para democratizar o acesso às cirurgias.

No tratamento intensivo

Outra área baseada em IA pode prever, em estágio inicial, potenciais complicações fatais na UTI. A plataforma auxilia nas decisões médicas no mais delicado dos estágios de tratamento, a solução promete identificar o colapso de sistemas vitais com antecedência.

A ferramenta de análises colhe informações como pressão arterial, oxigênio, níveis de sangue e capacidade cardíaca de pacientes em tratamento intensivo e as compara com uma base de dados para identificar padrões antes que eles culminem na interrupção das funções cerebrais ou cardíacas.

Um software que executa essas funções é o Sepse Solution. Ele avalia as condições do paciente e emite um alerta quando as condições do paciente estiverem fora dos padrões esperados, permitindo que a equipe responsável possa tomar as medidas necessárias para que a condição seja corrigida.

E então, vamos entrar nesta nova medicina 4.0?

Rosangela Silqueira Hickson, PhD – BiosisHub